Por Henrique Knevitz
Cinco concorrentes, três brasileiros, um título mundial. No próximo dia 08 de dezembro o mundo do surf competitivo volta suas atenções à bancada mais famosa do planeta para o Billabong Pipe Masters 2019 no North Shore, Ilha de Oahu, Havaí. Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Jordy Smith, Filipe Toledo e Kolohe Andino são os surfistas que ainda têm chance do título mundial da WSL, mas engana-se quem pensa que “somente” isso que está em jogo. Vagas olímpicas, rookie of the year, os classificados para o WT 2020 e o título da Tríplice Coroa Havaiana são outros ingredientes que farão nós, apaixonados por surf, não desgrudarmos os olhos da telinha durante os dias da janela de espera.
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Ao contrário dos últimos anos, onde até o início do campeonato nenhum grande swell havia entrado no arquipélago para varrer a areia da bancada de Pipeline/ Backdoor, em 2019 as ondas não param de bombar no North Shore. A primeira etapa da tríplice coroa que aconteceu em Haleiwa e vencida pelo português Frederico Morais, contou com altas ondas. O Vans World Cup Of Surfing (que está rolando nesse exato momento em que escrevemos essa matéria) também está “on fire”. Fora os vídeos e fotos que vemos diariamente nas redes sociais de picos como Off The Wall, Pipeline, Backdoor, Rock Point, etc.
Falando em título mundial, Ítalo Ferreira e Jordy Smith já foram clicados em altas bombas nesses dias em que a bancada de Pipeline esteve funcionando. Ao que tudo indica, a compra de uma casa no Havaí ajudou muito o sul-africano, pois está andando nos tubos de forma muito natural. Infelizmente, durante o campeonato de Hawaiian Pro (Haleiwa), Jordy machucou as costelas e abandonou a competição, desistindo também de Sunset. Mas de acordo com o que postou no seu Instagram, deve estar 100% para o Pipe Masters.
Ítalo, por sua vez, parece uma máquina. É incrível como alguma dessas gigantes de bebidas energéticas ainda não contratou o potiguar para ser estrela mundial dessas marcas. O cara parece sempre instigado. Seja nos treinos fora d`água como nas sessões de surf. Ele é um dos atletas que mais divulga vídeos de suas performances (alucinantes!).
Gabriel Medina, Filipe Toledo e o americano Kolohe Andino parecem mais focados nos treinos físicos até o momento e muito em breve também deverão destruir as ondas no Havaí. Estes treinos, somado ao trabalho psicológico e a escolha do equipamento serão fundamentais para coroar o campeão mundial de 2019.
O meio da tabela também está muito disputado e surfistas como Peterson Crisanto, Deivid Silva, Griffin Colapinto, Willian Cardoso e Michael Rodrigues (veja ranking abaixo) lutarão pelas suas vagas entre os 22 que se classificam para WT do próximo ano. Prova de que o evento será extremamente disputado, pois poucos estarão ali de sangue doce. Além disso, uma “novidade” que pode ser decisiva: a presença do havaiano John John Florence, recuperado de lesão sofrida ainda na etapa do Rio de Janeiro. É verdade que o terceiro título mundial já era para ele em 2019, mas é bom lembrar que JJF ainda não venceu um WT (já foi campeão do Volcom Pipe Pro no QS) na sua onda preferida e também luta por uma das vagas americanas para as Olimpíadas. Será uma parada duríssima para quem o pegar pela frente.
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Você pode acompanhar o Billabong Pipeline Masters 2019 através do site (www.worldsurfleague.com) ou app da WSL.
Possíveis cenários na corrida ao título mundial:
- Se Italo Ferreira ganhar a etapa de Pipeline vence o título mundial, independentemente de outros resultados
- Se Italo Ferreira ficar em segundo, Gabriel Medina e Filipe Toledo precisarão de vencer o Billabong Pipe Masters para conquistar o título mundial
- Se Italo Ferreira fica em terceiro, Gabriel Medina precisa de um segundo e Filipe Toledo e Jordy precisam vencer em Pipeline
- Se Italo Ferreira ocupar o quinto lugar, Gabriel Medina precisa de um terceiro, Filipe de um segundo e Jordy de ficar em primeiro
- Se Italo Ferreira ocupar o nono lugar, Gabriel Medina precisa de um quinto, Filipe Toledo de um terceiro, Jordy Smith de um segundo e Kolohe Andino entra na equação necessitando de vencer em Pipeline
- Se Italo Ferreira estiver em 17º ou 33º, Gabriel Medina e Filipe Toledo precisarão de um nono, Jordy Smith de um quinto e Kolohe Andino de um segundo lugar
Veja abaixo o ranking do circuito mundial da WSL.
RANKING MASCULINO – 2019
Atletas | Pontos |
1. Italo Ferreira | 51,070 |
2. Gabriel Medina | 50,005 |
3. Jordy Smith | 49,985 |
4. Filipe Toledo | 49,145 |
5. Kolohe Andino | 44,665 |
6. Kanoa Igarashi | 40,185 |
7. Owen Wright | 34,780 |
8. John John Florence | 33,220 |
9. Jeremy Flores | 32,515 |
10.Kelly Slater | 30,090 |
11. Julian Wilson | 29,525 |
12. Seth Moniz | 27,535 |
12. Ryan Callinan | 27,535 |
14. Wade Carmichael | 26,760 |
15. Michel Bourez | 25,900 |
16. Caio Ibelli | 24,895 |
17. Adrian Buchan | 24,565 |
18. Jack Freestone | 24,120 |
19. Conner Coffin | 23,345 |
20. Griffin Colapinto | 22,695 |
21. Deivid Silva | 21,920 |
22. Peterson Crisanto | 20,290 |
23. William Cardoso | 19,930 |
24. Michael Rodrigues | 19,640 |
25. Joan Duru | 19,365 |
27. Sebastian Zietz | 17,940 |
28. Ezekiel Lau | 17,235 |
28. Jessé Mendes | 16,875 |
30. Leo Fioravanti | 16,875 |
31. Soli Bailey | 14,455 |
32. Jadson Andre | 13,960 |
33. Ricardo Christie | 13,255 |
34. Frederico Morais | 10,905 |
35. Adriano de Souza | 8,995 |
36. Mikey Wright | 7,570 |
37. Jacob Willcox | 5,275 |
38. Marc Lacomare | 4,745 |