A mega tradicional Surfer publicará sua última edição neste mês de outubro de 2020. Fundada em 1962, a revista era considerada a “Bíblia do Surf”.
Durante décadas, ter uma foto publicada em suas páginas foi um dos pontos mais altos das carreiras de muitos surfistas e fotógrafos. Infelizmente para uns, felizmente para outros, é reflexo dos tempos atuais onde as revistas impressas não conseguem competir com a internet. Assim foi com a Stab, Surfing, a brasileira Fluir e agora a Surfer (além de várias outras ao redor do planeta).
Muitos das novas gerações talvez não saibam o que é isso, mas houve um tempo em que aguardávamos ansiosos a chegada das revistas nas bancas. A internet não estava popularizada ou, mais atrás ainda, nem existia… e este foi o principal veículo de informação sobre o mundo do surf por muito tempo.
Hoje em dia tudo é mais fácil e também um pouco descartável. Você abre o Instagram e é bombardeado por milhares de fotos, onde muitas às vezes passam despercebidas. Uma boa imagem impressa ficava muito tempo na memória e/ou até era usada como pôster e decorava o quarto de quase todos os surfistas daquele tempo.
Eu gostava tanto dessas revistas que quando comprava a Fluir do mês, ficava me segurando para não ler toda ela em apenas um dia. “Guardava” as matérias principais para momentos especiais ao lado do encarte do CD de uma das minhas bandas preferidas (estes também agonizando nos dias atuais).
Não quero aqui ficar com aquele papo de que “tudo que é antigo é melhor”. A internet facilita muito as nossas vidas. Os resultados dos campeonatos que às vezes levávamos mais de mês para saber, hoje são acompanhados ao vivo de qualquer lugar do planeta. Mas a verdade é que o fechamento de (mais) uma publicação entristece a toda comunidade do surf.
Vale saudar aos guerreiros que continuam lutando como a brasileira HardCore. Nós, saudosistas, agradecemos.
Aloha!