Hurley Pro Sunset Beach fecha a perna havaiana do CT

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Surfista local Barron Mamiya e costa-riquenha Brisa Hennessy surpreendem e vencem a etapa

Ao contrário das últimas décadas, onde geralmente fechava o circuito, em 2022 a perna havaiana abriu as disputas para definir os campeões mundiais. E nos dois campeonatos (Pipeline e Sunset), o que não faltaram foram surpresas…

John John Florence? Ítalo Ferreira? Filipe Toledo? Jordy Smith? Kelly Slater?

Não! Em Sunset, quem levantou o caneco foi o surfista local Barron Mamiya. Não só venceu, como assumiu a lycra amarela sem nem mesmo ser integrante da elite do surf (Barron foi convidado da WSL nos dois eventos do Havaí).

Brisa Hennessy Barron Mamiya, Malia Manuel e Kanoa Igarashi (Foto Tony Heff/World Surf League)

Mas Mamiya não foi a única surpresa na famosa onda do North Shore. Entre os oito classificados para as quartas de final (Caio Ibelli, Ezekiel Lau, Barron Mamiya, Seth Moniz, Ethan Ewing, Jake Marshall, Jack Robinson e Kanoa Igarashi), apenas dois (Jack e Kanoa) já haviam vencido etapas do CT anteriormente. Os favoritos foram caindo um a um desde as primeiras fases (que foram disputadas em verdadeiras bombas na bancada de Sunset), mas nem por isso faltou qualidade nas performances. Pelo contrário… os “novatos” mostraram um show de surf e provaram mais uma vez que qualquer atleta que veste aquela lycra, pode vencer o campeonato.

Entre os brasileiros, Caio Ibelli mais uma vez foi destaque. Ele (que também compete como convidado na vaga deixada pelo campeão Gabriel Medina) surfou demais! Chegou às semifinais e perdeu sua vaga na decisão no último minuto da bateria. Caio depende de mais um convite para disputar a próxima etapa do CT em Portugal, mas ocupa o quarto lugar no ranking e sai do Havaí com “casca de vencedor”. Filipe Toledo também mostrou seu surf, mas infelizmente pegou pela frente Ethan Ewing nas oitavas. O australiano vinha sendo o melhor surfista do evento até ali, e passou a bateria com a média altíssima de 18,24 contra 16,50 do brasileiro. Para se ter uma idéia, Filipinho passaria qualquer disputa dessa fase com essas notas. Mas, campeonatos muitas vezes são cruéis… e Ethan não confirmou o favoritismo, perdendo para o japonês Kanoa Igarashi nas semifinais. Uma pena, pois o aussie surfou com muito, com manobras fortes e estilo que algumas vezes lembrava o eterno Andy Irons.

Caio Ibelli (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

Kanoa também estava “on fire”. Muitas vezes é criticado pelo público e conta com avaliações bastante positivas por parte dos juízes, mas a verdade é que hoje Igarashi é um dos surfistas mais competitivos do tour e surfa com muito sangue nos olhos. Assim, foi passando todas a fases até o final, com direito a vários high scores. Infelizmente para ele, pegou um Barron Mamiya inspiradíssimo na decisão. O havaiano foi comendo pelas beiradas, com altíssima performance, mas contando com notas médias. Porém, na final soltou seu surf e venceu o campeonato com 8,17 e 8,33. Festa na comunidade havaiana! O título ficou em casa.

Barron Mamiya (Foto: Tony Heff/World Surf League)

Feminino

Se tivemos surpresas no masculino, entre as mulheres não foi diferente. As sempre favoritas Tyler Wright, Carissa Moore, e Stephanie Gilmore foram caindo ao longo do evento e a semifinal foi disputada pelas havaianas Malia Manuel, Gabriela Bryan, Bettylou Sakura Johnson e a costa-riquenha Brisa Hennessy. Brisa e Malia classificaram-se para a decisão naquela que seria a primeira final da atleta da América Central contra a sétima da surfista local. E se o resultado entre os homens foi de festa havaiana, no feminino Malia Manuel amargou seu sétimo vice-campeonato. Vitória de Brisa Hennessy, que também vai para Portugal com a lycra amarela.

Brisa Hennessy (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

A próxima etapa do CT acontece entre os dias 3 e 13 de março, com o MEO Rip Curl Pro Portugal. Nos vemos lá!

Aloha!

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