A SELEÇÃO BRASILEIRA NO CT 2020

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por Henrique Knevitz

Estamos há poucas semanas de mais uma corrida rumo ao título mundial da WSL. O Brasil (ao lado da Austrália) continua sendo o país com maior número de atletas. Seis brazucas classificaram-se pelo ranking final de 2019, quatro pelo QS e o campeão mundial de 2015, Adriano de Souza, recebeu o convite para correr o circuito, devido aos problemas que teve com lesões no ano que passou.

Fizemos uma breve análise sobre cada um deles abaixo.

Foto: WSL / Laurent Masurel

Deivid Silva

Deivid teve boas performances em seu primeiro ano de CT. Os resultados foram apenas regulares, mas mostrou bom surf principalmente em etapas onde foi backside. Teve excelentes baterias em Bells e Jbay, por exemplo. Até Pipeline ainda figurava entre os classificados pelo próprio CT, mas foi ultrapassado e teve de usar sua vaga do QS. Mais adaptado ao circuito, aposto num bom ano para o DVD. Pode surpreender em várias etapas como Snapper, Bells, Brasil, Jbay e na perna européia.

Foto: WSL / Damien Poullenot

Miguel Pupo

O melhor Pupo seria top 5 do mundo fácil. Domina tubos, manobras de borda, aéreos e tem um dos estilos mais bonitos do tour. Falta regularidade e consistência. Talvez mais amadurecido possa mostrar o que muitos de nós esperamos. Gostaria muito de ver ele ganhando pelo menos uma etapa em 2020.

Foto: WSL / Damien Poullenot

Alex Ribeiro

Alex volta para o CT depois de dois anos. Teve um ano de 2019 bastante consistente com vitórias e bons resultados no QS. Não é um surfista que se pode colocar entre os favoritos em nenhuma etapa, mas tem surf para bons resultados e pode surpreender.

Foto: WSL / Daniel Smorigo

Yago Dora

Num passado recente Yago já foi apontado como um dos melhores freesurfers do planeta. Após se dedicar mais às competições vem tendo grande evolução. Há poucos dias (da data em que foi escrito este texto) foi finalista do Volcom Pipe Pro e já tivera ótimo desempenho no Pipe Masters. Domina como poucos as manobras aéreas e tem muito estilo. Tem surf para vencer etapas e lutar pelo top 10.

Foto: WSL / Daniel Smorigo

Jadson André

Acho o Jadson um surfista injustiçado. Seus resultados nem de longe refletem suas performances. É um dos caras mais atirados do tour, tem as manobras aéreas na manga e vem melhorando constantemente seu surf de borda e estilo. Várias das baterias dele que assisti nos últimos anos, achei que o resultado no foi justo. Pelo CT, já foi finalista e venceu uma etapa encima de um Kelly Slater que voava na época. Tem surf de sobra para se manter entre os melhores do mundo.

Foto: WSL / Keoki Saguibo

Peterson Crisanto

Teve um ano regular e garantiu sua vaga pelo ranking do CT. Mais experiente no tour, pode quebrar a barreira das quartas de final e chegar ainda mais longe em 2020.

Foto: WSL / Damien Poullenot

Caio Ibelli

Caio teve enfrentamentos históricos contra Medina em 2019 e grande desempenho no circuito. Em The Box foi um dos melhores na água, botando pra dentro com muita tranquilidade. No Tahiti também foi um dos melhores, mostrando que domina as condições pesadas com muita técnica e atitude. É outro cara que já está na hora de ganhar uma etapa. Tem muito surf e parece mais tranquilo e experiente.

Foto: WSL / Daniel Smorigo

Filipe Toledo

O cara foi quarto do mundo competindo 3 etapas com uma lesão nas costas, sendo que em uma delas foi vice campeão! Filipinho é um fora de série. Tem surf para ser campeão do mundo repetidamente. Me lembra Taj Burrow: inovador, referência de manobras, um dos melhores surfistas de sua geração. Vai chegar lá, com certeza.

Foto: WSL / Daniel Smorigo

Gabriel Medina

Gabriel é o surfista mais completo do planeta. Domina como poucos todas as condições, é ótimo competidor e muito forte psicologicamente. Vivemos uma época de vários fora de série. Não fosse isso, Medina poderia enfileirar vários títulos mundiais. Com certeza chega novamente pra brigar pelo caneco.

Foto: WSL / Matt Dunbar

Ítalo Ferreira

É o campeão. Talentoso, muito instigado e extremamente carismático. Domina todas as manobras. Torço e acredito que Ítalo vai ser top 5 (e mais vezes campeão) por muitos anos.

Foto: WSL / Matt Dunbar

Adriano de Souza

O capitão voltou. Em 2019 teve uma breve, mas marcante participação. Sua performance em Teahupoo foi emocionante. Adriano, além de talentoso, é um cara que representa a esperança, a força de vontade, a certeza de que com trabalho e muito esforço, se chega lá. Adriano é grande campeão. Gostaria muito de vê-lo vencendo etapas novamente.

Aloha!

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